Sindipetro desmente comunicado da Petrobrás: categoria está disposta a negociar

ACT

Em comunicados da Petrobrás publicados na seção Fatos e Dados, de relação com a imprensa e pela intranet, direcionada aos trabalhadores a companhia apresentou números que apontam queda da produção de barris do petróleo e de distribuição de gás natural, afetadas pela greve dos petroleiros, que hoje completa uma semana de mobilizações e segue no crescente, com adesão diária de mais trabalhadores à luta da categoria.

A empresa tenta sensibilizar os petroleiros, alegando que a queda da produção, que segundo último comunicado passou a ser menor nesta quinta-feira (5), tem gerado prejuízo ao país, estados e municípios, que terão repasses menores, agravando ainda mais a situação econômica.

Até o momento não houve nenhum ofício por parte da empresa marcando reunião com os sindicatos. A sensibilidade aos problemas do país que a empresa pede aos trabalhadores deveria partir também da diretoria da Petrobrás, que se nega a propor um acordo justo e digno. Ao mesmo tempo que pedem sacrifício da categoria, insistem em não negociar, defendendo seus alto cargos, ameaçados caso o Plano de Negócio e Gestão seja inviabilizado pela greve dos petroleiros. Um dos itens de contenção de gastos da empresa é rebaixar salários e tirar benefícios do trabalhadores.

Ao contrário do que dizem os comunicados da empresa, a diretoria da Petrobrás não tem respeitado o direito de greve e travou as negociações com os trabalhadores, alegando que as ocupações e piquetes são ilegais, o que já foi rechaçado em recente posicionamento da Justiça do Trabalho, ao negar Interdito Proibitório proposto pela empresa, em favor dos petroleiros que resistem no piquete na entrada da UTGCA.

Além das medidas judiciais, as gerências da companhia têm assediado os trabalhadores, ligando para a casa dos petroleiros em greve, convocando-os para que retornem ao trabalho, num total desrespeito às leis trabalhistas. Outras formas de assédio também são recorrentes durante os atos e estão sendo devidamente registradas pelo Sindicato, que tomara as medias legais cabíveis. .

Para nós, petroleiros, a greve é só um meio de se chegar a uma negociação em que pese a vontade do trabalhador, que é de não perder direitos e travar o processo de privatização intensificado na gestão de Aldemir Bendine.

Estamos abertos para a negociação, reafirmando por meio de ofícios enviados semanalmente à Petrobrás pela FNP e Sindicatos. Não nos reportamos ao mercado. Nosso compromisso é com a categoria e com a defesa da Petrobrás.