Mulheres ganham em média 24% menos que os homens

Machismo

Lançado nesta segunda-feira (14), o Relatório de Desenvolvimento Humano 2015 reafirma uma realidade do mercado de trabalho: o machismo também se expressa na desigualde de direitos entre homens e mulheres. Embora façam 52% de todo o trabalho no mundo, as mulheres recebem, em média, 24% menos do que os homens quando estão em uma atividade remunerada.

Na América Latina e Caribe, elas ganham 19% menos e são frequentemente excluídas dos cargos superiores de gestão. Este relatório compõe o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O relatório sugere que sejam tomadas medidas para garantir a igualdade de remuneração, combater o assédio e as normas sociais que excluem mulheres do trabalho remunerado. “Só então poderá a sobrecarga do trabalho de prestação de cuidados não remunerado ser partilhada, dando assim às mulheres a possibilidade de integrar o mercado de trabalho”, diz o texto.

Diferenças transformadas em desigualdades
Um dos elementos do machismo é transformar as diferenças naturais que existem entre homens e mulheres em diferenças. Dessa forma, as empresas ganham melhores condições para explorar setores da sociedade oprimidos como as mulheres, os negros e os LGBTs.

O machismo, o racismo e a homofobia devem ser combatidos por todo movimento sindical consequente, pois são ideias falsas que ajudam a dividir a categoria, tornando mais fácil a vida da empresa para impor seus ataques. Graça Foster passou pela presidência da Petrobrás e Dilma continua presidente do país, mas nem por isso o machismo e as discriminações diminuíram ou acabaram, seja na Petrobrás, seja no país.

Os casos de assédio moral e sexual ainda seguem ocorrendo às mulheres trabalhadoras e a Petrobrás não é uma exceção. O Sindipetro-LP defende o fim das discriminações dentro e fora da Petrobrás, por isso muito nos orgulha a participação das mulheres na greve e nas assembleias. É uma tarefa enorme que temos pela frente transformar o Sindicato em um espaço ocupado por toda a categoria, homens e mulheres.

Realidade na Petrobrás
Na Petrobrás, embora a empresa pregue uma política de igualdade de gênero, as iniciativas são insuficientes e muitas vezes formais, “pra gringo ver”. Ainda persistem problemas como falta de vestiários femininos nas áreas operacionais; uniformes adequados; empregadas prejudicadas em promoções e obtenção de letras por conta de licença-maternidade; companheiras vítimas de discriminação e chacota, por parte dos próprios companheiros, quando atuam nas áreas operacionais, dentre outros problemas. Diante disso, precisamos estimular cada vez mais a luta contra o preconceito e o machismo, incorporando as mulheres nas lutas cotidianas da categoria.