Contra a violência da PM aos estudantes em luta, em defesa do ensino em SP!

Solidariedade

A medida do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de fechar 94 escolas, no que chama de “reorganização da rede estadual”, tem causado protestos em várias cidades. A revolta com o desmonte e sucateamento do ensino público é tão grande que a ocupação dos estudantes não se limita às unidades ameaçadas pela medida.

Mais de 200 escolas já foram ocupadas pelos alunos secundaristas em luta. Além das ocupações, uma vez que o governo segue intransigente e dialogando com bala de borracha e gás de pimenta, os protestos tomaram as ruas com fechamento de vias, passeatas e diversas manifestações contra o retrocesso no ensino.

Reafirmando o jeito tucano de lidar com os movimentos sociais, a Secretaria de Segurança Pública do Estado tem colocado toda força policial contra os jovens, menores, crianças, pais de alunos e professores, com ataques violentos contra os manifestantes, agressões físicas e verbais, mostrando mais uma vez o total descontrole dos Policiais Militares.

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista repudia toda violência projetada contra estes estudantes pela Polícia Militar e declara seu total apoio à legítima luta por uma educação de qualidade. Em nossa luta, sempre afirmamos que a defesa da Petrobrás é a defesa do Brasil. Com esses jovens não é diferente.

A luta contra a reorganização da rede estadual é uma luta em defesa do país, em defesa de uma educação de qualidade. Também fomos vítimas do despreparo da PM durante a luta em defesa da Petrobrás e contra a retirada de direitos. Dois dirigentes do Sindicato chegaram a ser presos durante um ato pacífico.

Estamos cansados da ingerência do Governo em nossas vidas, principalmente porque as medidas tomadas até aqui só representaram retrocesso para a sociedade e ataques aos direitos dos trabalhadores. Neste ponto, os mais prejudicados são, sem dúvida, a juventude brasileira. Ao invés dos investimentos para a capacitação destes jovens para o mercado de trabalho, a Educação no Brasil tem sido jogada de lado, com pouco ou nenhum incentivo aos estudantes para que se especializem e contribuam para o crescimento do país.

Vale lembrar que são os jovens os mais prejudicados à mudança do pagamento do seguro-desemprego. Com a mudança, o cidadão só terá direito ao seguro-desemprego se tiver trabalhado por pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses. Sabendo da rotatividade nas empresas como tática de rebaixar salários, é de se esperar um sem número de jovens endividados, sem experiência profissional, dificultando mais ainda a ascensão destes trabalhadores.

A intensificação dos protestos no Brasil demonstra que a sociedade não vai mais tolerar o mau uso do dinheiro público e nem as administrações que visam simplesmente fortalecer as instituições privadas e financeiras, em detrimento dos direitos do cidadão.

Estamos juntos e declaramos total apoio aos estudantes que bravamente estão defendendo o nosso futuro ao ocuparem escolas fundamentais para a educação de nossos filhos. Mais uma vez lamentamos o papel da Polícia Militar, que ao invés de defender o cidadão, ataca nosso constituído direito de nos manifestar.

#NãoFechemMinhaEscola