Sinedino: Lucro no trimestre demonstra que Petrobás não tem problema operacional

Alguns aspectos do balanço do primeiro trimestre de 2015, que não receberam o devido destaque nas notícias sobre o recente desempenho da Petrobrás:
- O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 21,518 bilhões, representando um crescimento de 50% ante igual período de 2014.
- O lucro operacional foi de R$ 13,3 bilhões, 76% superior ao do primeiro trimestre do ano passado, principalmente devido ao crescimento da produção de petróleo e gás, às maiores margens na comercialização de derivados e aos menores gastos com participação governamental e importações. Além disso, o resultado do 1º trimestre de 2014 foi impactado pelo provisionamento de gastos com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (R$ 2,4 bilhões), o que não se repetiu em 2015.
Para Silvio Sinedino, ex-conselheiro eleito pelos funcionários para o Conselho de Administração da Petrobrás, o  lucro de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre só confirma o que ele vem reiterando insistentemente: os problemas da Companhia não são de ordem operacional. "Se os preços estiverem minimamente alinhados, sem o subsídio aos preços dos combustíveis, a empresa continuará lucrando", disse.
Sinedino, que é diretor da AEPET, considera que, além do subsídio aos combustíveis, os contratos do tipo EPC contribuíram para a crise vivida pela Companhia. Ele espera que a mudança neste quesito será decisiva para manter a Petrobrás nos trilhos. "Na RNEST (Abreu e Lima), os contratos das obras tiveram nada menos que 362 aditivos, o que é um absurdo. No mais, basta deixar o petroleiro trabalhar que o resultado será positivo", disse, minimizando as análises pessimistas quanto ao nível de endividamento da empresa, sobretudo as notícias após a divulgação do balanço trimestral.
"O endividamento subiu, mas é importante reparar que a quantidade de barris que temos no pré-sal não está devidamente contabilizada nos balanços, pois com aquelas reservas a relação entre a dívida e os ativos da Companhia seria outra", ponderou.
O destaque dado aos preços dos combustíveis pela Petrobrás na divulgação do balanço trimestral mostra convergência com a opinião de Sinedino, que foi presidente da AEPET. A Companhia destacou que houve, no trimestre, o efeito integral dos reajustes de 5% no preço do diesel e de 3% no preço da gasolina ocorridos em 7 de novembro de 2014. Também influenciaram no resultado, segundo a Petrobrás, os menores custos de vendas por conta da redução dos gastos.
Vale ressaltar que nem todo o noticiário foi negativo para a empresa. A Folha de S. Paulo, por exemplo, veiculou que a recuperação das ações da Petrobrás têm o potencial de impulsionar um novo ciclo de alta na Bolsa brasileira e uma entrada maior de investimentos estrangeiros no país. Na avaliação de analistas ouvidos pelo jornal paulista, a empresa conseguiu se apropriar da defasagem no preço dos combustíveis vendidos no país e mostrou resiliência para lidar com o impacto da alta do dólar nas importações e na gestão da dívida. "O resultado foi um lucro líquido de R$ 5,33 bilhões no primeiro trimestre, 1,2% abaixo do mesmo período de 2014, mas acima da previsão de ganho próximo de R$ 2,5 bilhões", pontua o jornal. De acordo com o veículo, as ações da Petrobrás respondem por 9,85% do Ibovespa, principal índice da Bolsa, atrás apenas dos bancos Itaú (11,14%) e Bradesco (9,93%).

Alguns aspectos do balanço do primeiro trimestre de 2015, que não receberam o devido destaque nas notícias sobre o recente desempenho da Petrobrás:

- O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 21,518 bilhões, representando um crescimento de 50% ante igual período de 2014.

- O lucro operacional foi de R$ 13,3 bilhões, 76% superior ao do primeiro trimestre do ano passado, principalmente devido ao crescimento da produção de petróleo e gás, às maiores margens na comercialização de derivados e aos menores gastos com participação governamental e importações. Além disso, o resultado do 1º trimestre de 2014 foi impactado pelo provisionamento de gastos com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (R$ 2,4 bilhões), o que não se repetiu em 2015.

Para Silvio Sinedino, ex-conselheiro eleito pelos funcionários para o Conselho de Administração da Petrobrás, o  lucro de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre só confirma o que ele vem reiterando insistentemente: os problemas da Companhia não são de ordem operacional. "Se os preços estiverem minimamente alinhados, sem o subsídio aos preços dos combustíveis, a empresa continuará lucrando", disse.

Sinedino, que é diretor da AEPET, considera que, além do subsídio aos combustíveis, os contratos do tipo EPC contribuíram para a crise vivida pela Companhia. Ele espera que a mudança neste quesito será decisiva para manter a Petrobrás nos trilhos. "Na RNEST (Abreu e Lima), os contratos das obras tiveram nada menos que 362 aditivos, o que é um absurdo. No mais, basta deixar o petroleiro trabalhar que o resultado será positivo", disse, minimizando as análises pessimistas quanto ao nível de endividamento da empresa, sobretudo as notícias após a divulgação do balanço trimestral.

"O endividamento subiu, mas é importante reparar que a quantidade de barris que temos no pré-sal não está devidamente contabilizada nos balanços, pois com aquelas reservas a relação entre a dívida e os ativos da Companhia seria outra", ponderou.

O destaque dado aos preços dos combustíveis pela Petrobrás na divulgação do balanço trimestral mostra convergência com a opinião de Sinedino, que foi presidente da AEPET. A Companhia destacou que houve, no trimestre, o efeito integral dos reajustes de 5% no preço do diesel e de 3% no preço da gasolina ocorridos em 7 de novembro de 2014. Também influenciaram no resultado, segundo a Petrobrás, os menores custos de vendas por conta da redução dos gastos.

Vale ressaltar que nem todo o noticiário foi negativo para a empresa. A Folha de S. Paulo, por exemplo, veiculou que a recuperação das ações da Petrobrás têm o potencial de impulsionar um novo ciclo de alta na Bolsa brasileira e uma entrada maior de investimentos estrangeiros no país. Na avaliação de analistas ouvidos pelo jornal paulista, a empresa conseguiu se apropriar da defasagem no preço dos combustíveis vendidos no país e mostrou resiliência para lidar com o impacto da alta do dólar nas importações e na gestão da dívida. "O resultado foi um lucro líquido de R$ 5,33 bilhões no primeiro trimestre, 1,2% abaixo do mesmo período de 2014, mas acima da previsão de ganho próximo de R$ 2,5 bilhões", pontua o jornal. De acordo com o veículo, as ações da Petrobrás respondem por 9,85% do Ibovespa, principal índice da Bolsa, atrás apenas dos bancos Itaú (11,14%) e Bradesco (9,93%).

Fonte: Aepet