Vazamentos na UTGCA preocupam trabalhadores, que contam apenas com a proteção de Deus

A situação na UTGCA está crítica, para não dizer desesperadora. Nos últimos três meses na unidade tivemos vários incidentes com alto potencial de morte. O último, foi nesta quinta-feira (12), quando um vazamento, ainda sem divulgação de quantidades, mais uma vez deixou a força de trabalho apreensiva.
No dia 07 de março, houve um vazamento de propano por um flange que quebrou na solda na UPCGN 3. No começo deste ano, um tubo de 70 cm de comprimento despencou de uma altura de mais de 10 metros e logo em seguida a válvula reguladora de um cilindro de argônio explodiu e por pouco não feriu gravemente um trabalhador.
Outro incidente que poderia ter sido evitado aconteceu em fevereiro, no dia 27, quando também houve um vazamento de mais de 10 metros cúbicos de GLP (gás de cozinha) no carregamento de carretas. Um sinistro parecido aconteceu em 2013, no qual foram apontadas várias recomendações pela comissão de investigação, mas nenhuma medida foi tomada, com a alegação de que seria instalado gasoduto, que diminuiria a frequência de carregamento de carretas.
O incidente do dia 7 de março poderia ter sido evitado se as medidas recomendadas pela comissão tivessem sido seguidas, ou se os gasodutos estivessem funcionando, mas já se passaram quase dois anos e o equipamento ainda não está em funcionamento.
Outros vazamentos
Houve vazamento de C5+ na unidade alugada DPP e incêndio na torre de regeneração de glicol em novembro de 2013; Em março de 2014, outro vazamento, dessa vez de óleo térmico na interligação da unidade nova.
Em julho um incidente de alto potencial de risco fez com que a sala de controle perdesse toda a informação de controle operacional da planta e as telas de supervisórios ficaram cinzas, sem apresentar nenhuma informação. O procedimento de emergência falhou e só foi possível controlar o problema, depois que a equipe de operação tripou a planta toda em manual, fechando válvulas na área. Na ocasião a unidade permaneceu inoperante até às 20h. O incidente foi chamado de voo cego pela gerência da unidade e nada foi explicado, com a alegação de não criar pânico na categoria .
Depois do voo cego, no dia 7 de dezembro do ano passado, houve um vazamento de mais de dois metros cúbicos de líquido de gás natural (LGN) na UPCGN1.
Pois é, estamos subindo os degraus da pirâmide do acidente, senhores gestores. Esperamos não chegar ao topo, aumentando assim a estatística de baixas na empresa, que do início do ano até agora já contabilizam dez mortes.
O acidente que causou a explosão e morte no navio-plataforma Cidade de São Mateus, no Espírito Santo, ao que tudo indica, teve mais de um alerta dias antes do ocorrido. O SMS da Petrobrás cobra procedimentos de segurança por parte do trabalhador, mas se esquece de dar o suporte necessário, mesmo quando há incidentes e o risco é iminente.  Façam sua parte, senhores, porque Deus está fazendo a dele nos protegendo, enquanto a empresa dá subsídios ao diabo que conta com o acaso.

A situação na UTGCA está crítica, para não dizer desesperadora. Nos últimos três meses na unidade tivemos vários incidentes com alto potencial de morte. O último, foi nesta quinta-feira (12), quando um vazamento, ainda sem divulgação de quantidades, mais uma vez deixou a força de trabalho apreensiva.

No dia 07 de março, houve um vazamento de propano por um flange que quebrou na solda na UPCGN 3. No começo deste ano, um tubo de 70 cm de comprimento despencou de uma altura de mais de 10 metros e logo em seguida a válvula reguladora de um cilindro de argônio explodiu e por pouco não feriu gravemente um trabalhador.

Outro incidente que poderia ter sido evitado aconteceu em fevereiro, no dia 27, quando também houve um vazamento de mais de 10 metros cúbicos de GLP (gás de cozinha) no carregamento de carretas. Um sinistro parecido aconteceu em 2013, no qual foram apontadas várias recomendações pela comissão de investigação, mas nenhuma medida foi tomada, com a alegação da empresa de que seria instalado gasoduto, que diminuiria a frequência de carregamentos de carretas.

Todos os incidentes poderiam ter sido evitados se as medidas recomendadas pela comissão, em 2013, tivessem sido seguidas, ou se os gasodutos estivessem funcionando, mas já se passaram quase dois anos e o equipamento ainda não está em funcionamento.

Outros vazamentosHouve vazamento de C5+ na unidade alugada DPP e incêndio na torre de regeneração de glicol em novembro de 2013; Em março de 2014, outro vazamento, dessa vez de óleo térmico na interligação da unidade nova.

Em julho um incidente de alto potencial de risco fez com que a sala de controle perdesse toda a informação de controle operacional da planta e as telas de supervisórios ficaram cinzas, sem apresentar nenhuma informação. O procedimento de emergência falhou e só foi possível controlar o problema, depois que a equipe de operação tripou a planta toda em manual, fechando válvulas na área. Na ocasião a unidade permaneceu inoperante até às 20h. O incidente foi chamado de voo cego pela gerência da unidade e nada foi explicado, com a alegação de não criar pânico na categoria .

Depois do voo cego, no dia 7 de dezembro do ano passado, houve um vazamento de mais de dois metros cúbicos de líquido de gás natural (LGN) na UPCGN1.

Pois é, estamos subindo os degraus da pirâmide do acidente, senhores gestores. Esperamos não chegar ao topo, aumentando assim a estatística de baixas na empresa, que do início do ano até agora já contabilizam dez mortes.

O acidente que causou a explosão e morte no navio-plataforma Cidade de São Mateus, no Espírito Santo, ao que tudo indica, teve mais de um alerta dias antes do ocorrido. O SMS da Petrobrás cobra procedimentos de segurança por parte do trabalhador, mas se esquece de dar o suporte necessário, mesmo quando há incidentes e o risco é iminente.  Façam sua parte, senhores, porque Deus está fazendo a dele nos protegendo, enquanto a empresa dá subsídios ao diabo que conta com o acaso.