P-36: 11 mortos e 13 anos de impunidade

[gallery link="file" order="DESC" columns="2" orderby="ID"]O tempo passou e os números continuam sendo alarmantes. A P-36, que era considerada a maior plataforma do mundo, tinha a altura de um prédio quarenta andares e a largura de um quarteirão. Para a construção, foram gastos 430 milhões de dólares. Além disso, produzia 80. 000 barris de petróleo por dia (a expectativa de produção era de 115 mil, ou seja, 6% da produção brasileira) e contava com 1,3 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia, quase a quantidade diária consumida no Estado do Rio de Janeiro. Esse gigante monstruoso, localizado no campo de Roncador, Bacia de Campos, não aguentou as explosões e adernou no dia 20 de março de 2001 e com ele 11 trabalhadores tiveram suas vidas ceifadas.
Hoje, 13 anos depois, ninguém foi culpado por essa tragédia e as famílias das vítimas não foram indenizadas. Até o momento não houve resposta sobre as irregularidades na construção daquela plataforma e nos contratos da Marítima com a Petrobrás.
Tudo que envolve a P-36 é tão nebuloso quanto às águas profundas onde a plataforma repousa.
O acidente
No dia 14 de março de 2001 haviam 175 pessoas a bordo da P-36, dentre as quais, segundo a Petrobrás, 45 eram próprios e 130 eram terceirizados.
A explosão, que aconteceu por volta das 0h20, do dia 15, foi à primeira. Mais duas a seguiram, todas na mesma coluna de sustentação. Toda a estrutura da P-36 começou a ficar avariada neste momento, com a brigada de incêndio surgindo para tentar reverter à situação. Um erro fatal que levou à morte os onze trabalhadores.
O tanque que explodiu estava fechado. Isso porque a bomba de drenagem ligada ao tanque estava desativada desde o dia 26 de fevereiro, para reparo.
A esta altura, o quarto piso da coluna, onde se encontravam os dois tanques, foi totalmente alagado com água, óleo e gás. Passados 17 minutos, o gás disperso entrou em combustão e causou uma grande explosão.
Simultaneamente, ao acidente teve início a operação de retirada da tripulação da plataforma P-36 dentro de cestas carregadas por guindastes e transportados para a plataforma P-47, a 12 quilômetros dali, em navios-sonda e rebocadores.
Causas
Segundo a ANP, a principal causa da explosão foi um problema no fechamento de uma válvula.
Entre as deficiências do projeto, estão até a classificação da área onde se localizava o tanque que explodiu que não era considerada como área de risco.
De acordo com o relatório, deveriam ser utilizados dispositivos de detecção e contenção de gás e ainda equipamentos resistentes a explosões.
Outra deficiência no projeto é a ligação do tanque de emergência a um equipamento chamado "manifolde de produção", onde ficam armazenados óleo e gás. O correto seria a existência de mais válvulas, para garantir o isolamento entre o tanque e os combustíveis.

O tempo passou e os números continuam sendo alarmantes. A P-36, que era considerada a maior plataforma do mundo, tinha a altura de um prédio de quarenta andares e a largura de um quarteirão. Para a construção, foram gastos 430 milhões de dólares. Além disso, produzia 80. 000 barris de petróleo por dia (a expectativa de produção era de 115 mil, ou seja, 6% da produção brasileira) e contava com 1,3 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia, quase a quantidade diária consumida no Estado do Rio de Janeiro. Esse gigante monstruoso, localizado no campo de Roncador, não aguentou as explosões e adernou no dia 20 de março de 2001 e com ele 11 trabalhadores tiveram suas vidas ceifadas.

Hoje, 13 anos depois, ninguém foi culpado por essa tragédia. O Ministério Público do Rio de Janeiro e o Ministério Público Federal travaram uma luta jurídica durante 12 anos divergindo sobre quem tem competência para investigar. O que demonstra a morosidade e pouco caso em solucionar esse assunto.

Até o momento não houve resposta sobre as irregularidades na construção da  plataforma e nos contratos da Marítima com a Petrobrás. Tudo que envolve a P-36 é tão nebuloso quanto às águas profundas onde a plataforma repousa.

O acidente

No dia 14 de março de 2001 haviam 175 pessoas a bordo da P-36, dentre as quais, segundo a Petrobrás, 45 eram próprios e 130 eram terceirizados. A explosão, que aconteceu por volta das 0h20, do dia 15, foi à primeira. Mais duas a seguiram, todas na mesma coluna de sustentação. Toda a estrutura da plataforma começou a ficar avariada, com a brigada de incêndio surgindo para tentar reverter à situação. Um erro fatal que levou à morte os onze trabalhadores. O tanque que explodiu estava fechado. Isso porque a bomba de drenagem ligada ao tanque estava desativada desde o dia 26 de fevereiro, para reparo.

A esta altura, o quarto piso da coluna, onde se encontravam os dois tanques, foi totalmente alagado com água, óleo e gás. Passados 17 minutos, o gás disperso entrou em combustão e causou uma grande explosão.  Simultaneamente, ao acidente teve início a operação de retirada da tripulação da plataforma P-36 dentro de cestas carregadas por guindastes e transportados para a plataforma P-47, a 12 quilômetros dali, em navios-sonda e rebocadores.

Causas

Segundo a ANP, a principal causa da explosão foi um problema no fechamento de uma válvula. Entre as deficiências do projeto, estão até a classificação da área onde se localizava o tanque que explodiu que não era considerada como área de risco.

De acordo com o relatório, deveriam ser utilizados dispositivos de detecção e contenção de gás e ainda equipamentos resistentes a explosões. Outra deficiência no projeto é a ligação do tanque de emergência a um equipamento chamado "manifolde de produção", onde ficam armazenados óleo e gás. O correto seria a existência de mais válvulas, para garantir o isolamento entre o tanque e os combustíveis.

A realidade que levou a essa tragédia é uma só - os trabalhadores de todo o sistema Petrobrás trabalham sob o peso da insegurança.