PLR de verdade é máxima e igual para todos. FNP não aceita regramento

Na última terça-feira, 11 de fevereiro, mais uma vez a Petrobrás agendou reunião com a FNP para apresentar a sua proposta de PLR Futura. Em outras oportunidades, a Federação e seus sindicatos já haviam se posicionado contra o regramento, embora tenha deixado claro que compareceria à mesa de negociação sempre que solicitada.

Essa postura, no entanto, não muda em nada o posicionamento dos dirigentes sindicais: mais uma vez, eles reafirmaram a defesa por uma PLR Máxima e Igual para Todos, conforme a bandeira histórica da categoria. É este pleito que integra há anos a pauta reivindicatória da categoria e não haveria nenhuma razão para, agora, mudar de opinião.

A proposta apresentada pela companhia é absurda. Segue usando como critério metas e indicadores, cujo "sucesso" não depende apenas da produção e boa vontade dos empregados. Pelo contrário, muitos dos critérios estabelecidos estão vinculados à política da direção da companhia e à gestão das gerências em cada unidade. Entretanto, como já é padrão na empresa, pela proposta do RH Corporativo os prejuízos causados pelas chefias e gerências irão novamente cair nas costas dos trabalhadores. Mas dessa vez em forma de PLR rebaixada.

No caso de vazamentos, por exemplo, cuja frequência está ligada à insegurança e à redução de custos, os trabalhadores já sairiam prejudicados. Os trabalhadores são avaliados diariamente por uma série de instrumentos da companhia. Aceitar que a empresa crie novos mecanismos de metas, que apenas reforça a lógica de mercado e de competitividade, seria um grande erro.

Por isso, não é sem revolta que assistimos à outra federação não apenas negociar item por item da proposta, mas ser a responsável por pautar um tema que - a rigor - representa um novo ataque à categoria.

De acordo com a empresa, uma nova proposta será apresentada na próxima segunda-feira, 17 de fevereiro, às 15h. De qualquer modo, independentemente das pequenas alterações que possam existir, o fato é que a metodologia empregada pela Petrobrás para a PLR tem por objetivo rebaixar ainda mais a remuneração de uma categoria já altamente desvalorizada.

Clique aqui e leia a proposta apresentada em 11 de fevereiro.