FNP lança abaixo-assinado para cobrar da Petrobrás revisão do PCAC

Um abaixo-assinado reivindicando a revisão do PCAC irá percorrer as unidades da Petrobrás espalhadas pelo país. A iniciativa é da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e visa pressionar a companhia a se posicionar sobre uma das principais reivindicações e demandas da categoria.

Diante da recusa da companhia em responder um dos principais pontos da pauta reivindicatória, o objetivo é reunir o maior número possível de assinaturas para que este abaixo-assinado se transforme em mais um instrumento de pressão contra a intransigência da empresa.

Com grandes distorções e uma série de falhas nos mais diversos cargos, o PCAC se transformou em um grande engodo e fonte de enorme insatisfação entre os petroleiros - desde os mais novos até os mais antigos.

Em cinco anos, o plano costurado pela empresa se desmanchou e a própria criação do PAC Júnior, que visa diminuir a insatisfação de uma parte da categoria, é uma prova disso. Ironicamente, a companhia dizia em 2007 que o PCAC era um plano robusto. Poucos anos depois, o suposto plano de carreiras robusto não atende mais os trabalhadores.

A impressão é de que a Petrobrás despreza, com esta política remuneratória, uma mão de obra extremamente qualificada, mas igualmente insatisfeita. Prova disso é o fato de que ano após ano, nos últimos acordos coletivos, o PCAC, mesmo sendo uma das grandes aflições dos empregados, sequer é citado pela companhia. Ou seja, mesmo com um descontentamento enorme, a empresa ignora uma das principais demandas dos trabalhadores.

Neste sentido, a FNP exige a revisão do PCAC sem nenhum retrocesso. Dentre as medidas reivindicadas, está o avanço de nível/aumento por mérito anual (de 12 em 12 meses), dando fim à anomalia do avanço da tabela salarial em ziguezague; a unificação dos pisos salariais de carreiras, pelo maior piso, inclusive o teto das carreiras de nível médio e superior, além da progressão automática de Júnior para Pleno após 10 anos; e de Pleno para Sênior após 20 anos.

Os inspetores de segurança, inspetores de equipamento, enfermeiros e técnicos de contabilidade, por exemplo, são os que mais sofrem com a ausência de uma política remuneratória justa e satisfatória. Por isso, a FNP cobra da companhia o reenquadramento das carreiras desses trabalhadores com os demais técnicos.

Em relação ao PAC para empregados juniores, medida paliativa e que beneficiou apenas um setor da categoria, gerando por consequência insatisfação entre os trabalhadores posicionados no último nível da categoria Júnior e das categorias Pleno e Sênior, é necessária uma revisão urgente, que contemple todos os petroleiros. Já no que se refere à situação dos petroleiros topados, cobramos da empresa a continuidade da progressão funcional desses empregados.

Os dirigentes dos sindipetros que compõem a FNP, além das oposições, irão distribuir o abaixo-assinado em suas respectivas bases. Entretanto, pedimos que todos os trabalhadores colaborem e participem ativamente desta campanha. Imprima uma cópia do documento e peça aos seus companheiros de setor que assinem esta reivindicação! Para fazer o download do abaixo-assinado, clique aqui.

Fonte: Imprensa FNP