Em meio às investidas da companhia em tentar impor limite de tolerância para a exposição ao Benzeno, os trabalhadores do Litoral Paulista, especialmente os petroleiros da Plataforma de Mexilhão, obtiveram mais uma importante vitória na luta por condições seguras de trabalho.
Após reconhecer a existência de benzeno na plataforma de Mexilhão, em reunião recente entre o Sindicato e o SMS da empresa, foi confirmado pelos representantes da Petrobrás que será criado um GTB (Grupo de Trabalho de Benzeno) em Mexilhão.
O processo de adequação ao Acordo Nacional do Benzeno (ANBz) já está em andamento. Alguns dos passos previstos são a preparação do PPEOB conforme o ANBz e, logo em seguida, o pedido de cadastramento da unidade junto ao Ministério do Trabalho/SSST em Brasília.
Este passo é de suma importância para os trabalhadores embarcados, uma vez que a questão do benzeno em Mexilhão há muito tempo é fonte de preocupante entre os trabalhadores. A necessidade de monitoramento eficiente e regular deste elemento, com critério e seriedade, há muito é levantada pela categoria. Afinal, até hoje não haviam garantias, por parte da empresa, sobre quais os níveis de concentração do agente. Ou seja, os trabalhadores estavam expostos a indicadores desconhecidos, o que abre espaço para proteções inadequadas e ações insuficientes ou apenas paliativas.
Esta conquista é fruto da luta e esforço empreendido pela categoria e sindicato desde a pré-operação da plataforma. Muitas das reivindicações e demandas levantadas ao longo do tempo sobre este tema fizeram parte de seguidas discussões nas reuniões da Comissão Nacional do Benzeno (CNBz). O mesmo aconteceu com a UTGCA, que já tem seu registro efetivado no Ministério do Trabalho, após luta semelhante.