Não à repactuação! Em palestras, conselheiros da Petros reforçam campanha

Durante dois dias, os petroleiros ativos, aposentados e pensionistas do Litoral Paulista tiveram a oportunidade de, mais uma vez, debater a reedição da campanha de repactuação, bancando pela segunda vez pelo triunvirato Petrobrás/Petrobrás/FUP.

Com palestras na sede e sub-sede do Sindicato nos dias 15 e 16 de agosto, respectivamente, a categoria teve acesso a informações importantes sobre esta retirada de direitos. Como convidados, estiveram presentes os conselheiros eleitos da Petros, Ronaldo Tedesco e Agnelson Silva, além do conselheiro fiscal da Petros e representante dos trabalhadores no C.A da Petrobrás, Silvio Sinedino.

Em todas as intervenções, os palestrantes reforçaram a necessidade de que o Litoral Paulista, mais uma vez, esteja na linha de frente da campanha contra a repactuação. Na primeira tentativa, mais de 70% dos trabalhadores da base do Sindipetro-LP rejeitaram as manobras da empresa e da outra federação.

"Somos a única categoria do país que ainda há ligação da ativa com o aposentado. É isso que a repactuação significa: romper definitivamente o vínculo do assistido, do aposentado, da pensionista com a Petrobrás", lembrou Sinedino durante sua fala.

Já Ronaldo Tedesco lembrou que há inúmeras ações na Justiça em que os trabalhadores, mesmo repactuados, estão ganhando os processos que reivindicam os níveis dados aos ativos. Com isso, essas ações, mesmo que indiretamente, estão sendo julgadas pelos juízes como uma desrepactuação, uma vez que o trabalhador foi enganado e não entendeu a dimensão das perdas que teria com a repactuação. "A Petrobrás, ilegalmente, está informando para a Petros que o reajuste da ativa é o IPCA. Não é. Todos nós que estamos na ativa recebemos em nosso contracheque o IPCA e mais outros penduricalhos. Que são o quê? A RMNR".

Em uma ação ganha por dois petroleiros aposentados no Paraná, a comparação da remuneração ganha pela ativa com aquela concedida aos aposentados, entre janeiro de 2007 e novembro de 2011, resultou em um cálculo que apontou uma perda em valores históricos de R$ 50.175,94.

Para as pensionistas, repactuar traz ainda outra grande perda. Aquela pensionista que assinar o Termo proposto pela empresa estará, automaticamente, a possibilidade entrar com qualquer ação judicial contra a Petros. Sobretudo, naquela referente à Suplementação de Pensão. Relembrando o caso: pensionistas com início de benefício de suplementação posterior à Constituição Federal de 1988 passaram a sofrer prejuízos pela metodologia de cálculo adotada pela Petros, ocasionando uma série de ações vitoriosas na Justiça, tendo como pleito a revisão dos valores do benefício nos termos do art. 31 do regulamento.

"Temos que aumentar a pressão no Governo, aumentar a pressão na empresa, aumentar a pressão nesses dirigentes governistas, que infelizmente vêm enganando os trabalhadores, a exemplo da insistência com que esses sindicalistas vem tentando impor derrotas à categoria; seja através da reabertura da repactuação, seja através da tentativa de reabertura do BPO, que foi um grande fiasco", afirmou Agnelson.

Assista abaixo aos vídeos com trechos da palestra:

Repactuação

Repactuação, não! from FNP TV on Vimeo.

Separação de massas

Conselheiros da Petros falam sobre a Separação de Massas from FNP TV on Vimeo.