Em encontro, petroleiras do Litoral Paulista discutem a situação da mulher

fotoDSC05114DSC05114Foi realizado no último sábado (26/11), na sede do Sindipetro-LP, em Santos, o I Encontro de Mulheres Petroleiras do Litoral Paulista. Estiveram presentes ao evento petroleiras ativas, aposentadas e pensionistas para discutir as condições de trabalho na Petrobrás, a opressão sofrida no dia a dia e as ferramentas que podem e devem ser utilizadas para combater o machismo e a discriminação.
Para fundamentar as discussões do encontro, Camila Lisboa, do Movimento Mulheres em Luta, Erika Andreassy, do ILAESE (Instituto LatinoAmericano de Estudos SócioEconômicos), e Gilvani Alves dos Santos, petroleira do Sindipetro AL/SE, foram as responsáveis por ministrar as palestras na parte da manhã.
O balanço das apresentações expôs uma realidade nada otimista. Hoje, as mulheres são as maiores vítimas das altas taxas de desemprego no País, sofrem com as desigualdades sociais, apresentam índices de analfabetismos mais altos em relação aos homens e estão, junto com as crianças, mais expostas à pobreza; 70% dos pobres no Mundo são mulheres e crianças. No Brasil, segundo o DIEESE, mais de 70% das mulheres ganham até três salários mínimos.
Além disso, espreitam cotidianamente o risco de morte, principalmente pela violência sofrida dentro de casa. A cada 2 minutos, cinco mulheres são espancadas. Entre 98 e 2008, 41.960 mulheres foram assassinadas no País a uma taxa de 4,25 assassinatos por 100 mil mulheres.
Alguns dados foram citados como exemplos da ausência de políticas públicas para as mulheres. Para se ter uma ideia, o país que se orgulha de ser a 7ª economia do Mundo possui apenas a 82ª posição no ranking da desigualdade entre os sexos, atrás de países como Kuwait e Líbia.
Nos últimos oito anos, o Governo Federal investiu menos de 3% em saúde, sendo que a OMS preconiza, pelo menos, 6%. Um projeto que alterava o teto de 5% para 7% foi vetado por FHC - veto mantido por Lula e agora por Dilma. Por fim, em 2011, a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres teve redução de 38,6% no seu orçamento. A de Desigualdade Social, 50,7%. Ou seja, mesmo sob o comando de uma presidente mulher, a prioridade em políticas públicas para as mulheres continua sendo um discurso demagógico.
Na parte da tarde, as petroleiras formaram um grupo a fim de elaborar propostas concretas para eliminar a discriminação dentro do Sistema Petrobrás, garantindo às mulheres petroleiras condições e direitos iguais aos dos homens. O resultado das discussões foi a elaboração de um manifesto, que em breve será divulgado pelo Sindicato a todos os petroleiros.

Foi realizado no último sábado (26/11), na sede do Sindipetro-LP, em Santos, o I Encontro de Mulheres Petroleiras do Litoral Paulista. Estiveram presentes ao evento petroleiras ativas, aposentadas e pensionistas para discutir as condições de trabalho na Petrobrás, a opressão sofrida no dia a dia e as ferramentas que podem e devem ser utilizadas para combater o machismo e a discriminação.

Para fundamentar as discussões do encontro, Camila Lisboa, do Movimento Mulheres em Luta, Erika Andreassy, do ILAESE (Instituto LatinoAmericano de Estudos SócioEconômicos), e Gilvani Alves dos Santos, petroleira do Sindipetro AL/SE, foram as responsáveis por ministrar as palestras na parte da manhã.

O balanço das apresentações expôs uma realidade nada otimista. Hoje, as mulheres são as maiores vítimas das altas taxas de desemprego no País, sofrem com as desigualdades sociais, apresentam índices de analfabetismos mais altos em relação aos homens e estão, junto com as crianças, mais expostas à pobreza; 70% dos pobres no Mundo são mulheres e crianças. No Brasil, segundo o DIEESE, mais de 70% das mulheres ganham até três salários mínimos.

Além disso, espreitam cotidianamente o risco de morte, principalmente pela violência sofrida dentro de casa. A cada 2 minutos, cinco mulheres são espancadas. Entre 98 e 2008, 41.960 mulheres foram assassinadas no País a uma taxa de 4,25 assassinatos por 100 mil mulheres.

Alguns dados foram citados como exemplos da ausência de políticas públicas para as mulheres. Para se ter uma ideia, o país que se orgulha de ser a 7ª economia do Mundo possui apenas a 82ª posição no ranking da desigualdade entre os sexos, atrás de países como Kuwait e Líbia.

Nos últimos oito anos, o Governo Federal investiu menos de 3% em saúde, sendo que a OMS preconiza, pelo menos, 6%. Um projeto que alterava o teto de 5% para 7% foi vetado por FHC - veto mantido por Lula e agora por Dilma. Por fim, em 2011, a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres teve redução de 38,6% no seu orçamento. A de Desigualdade Social, 50,7%. Ou seja, mesmo sob o comando de uma presidente mulher, a prioridade em políticas públicas para as mulheres continua sendo um discurso demagógico.

Na parte da tarde, as petroleiras formaram um grupo a fim de elaborar propostas concretas para eliminar a discriminação dentro do Sistema Petrobrás, garantindo às mulheres petroleiras condições e direitos iguais aos dos homens. O resultado das discussões foi a elaboração de ummanifesto, que em breve será divulgado pelo Sindicato a todos os petroleiros.