Sob forte chuva, os petroleiros do Litoral Paulista iniciaram às 7 horas desta quarta-feira (16/11) uma greve por tempo indeterminado para exigir da empresa uma nova contraproposta. O eixo da campanha reivindicatória da categoria é a luta por aumento real de 10% no salário básico.
O movimento está sendo realizado em todas as unidades de produção da região. Na RPBC, 100% do turno aderiu ao movimento e cerca de 70% dos trabalhadores do ADM também integraram a mobilização. No terminal Transpetro Alemoa a adesão foi de 100%, incluindo os petroleiros terceirizados. No Tebar, em São Sebastião, a adesão foi de 100% do turno e 80% do ADM. Na UTGCA, em Caraguatatuba, cerca de 90% dos trabalhadores integraram a greve. Já no terminal Pilões, a adesão foi de 60% e no Aeroporto de Itanhaém, por conta do mau tempo, os voos foram cancelados.
Durante boa parte da manhã, entre as 7 e 9 horas, houve agito em frente às unidades. Na ocasião, os diretores do Sindicato aproveitaram para debater com os trabalhadores os rumos da campanha reivindicatória. Logo em seguida, todos os trabalhadores que aderiram à greve voltaram para as suas casas. No decorrer do dia, haverá novas avaliações da greve com base no cenário nacional.
GREVE NAS DEMAIS BASESNa base do Sindipetro Alagoas Sergipe, os petroleiros também estão em greve por tempo indeterminado. Em Sergipe, foi deflagrada a greve em Atalaia, na Sede da Rua Acre, FAFEN e Carmópolis (Jordão, Siriri, Riachuelo e base de CP). Uma nova avaliação do movimento será feita amanhã (17/11). Em Alagoas, foram realizados atrasos de duas horas nas unidades Porto e Estação do Pilar, com ampla rejeição da 2ª proposta apresentada pela empresa.
Na Bahia, contrariando o indicativo da outra federação de adiar o movimento, os petroleiros também estão em greve. No início da manhã, às 6 horas, os trabalhadores baianos aprovaram, por ampla maioria de votos, a rejeição da proposta e decidiram iniciar imediatamente a greve por tempo indeterminado.
No Sindipetro PA/AM/MA/AP, os petroleiros iniciaram o dia com paralisação de duas horas em Manaus, na sede administrativa da Petrobrás. Novas assembleias serão realizadas para reforçar a rejeição à contraproposta da companhia e integrar a greve por tempo indeterminado iniciada pelos demais sindicatos.
Já em São José dos Campos, foram realizadas assembleias na porta da refinaria, onde a categoria aprovou atraso de duas horas na parte da manhã. Às 15 horas, será realizada uma nova assembleia para avaliação do quadro nacional, com possibilidade de deflagração de greve a qualquer momento.
Por fim, no Rio de Janeiro, houve agitação, distribuição de boletim do Sindicato e mobilização nas bases administrativas, com atraso de uma hora no TABG e nova concentração no turno das 15h. No TEBIG, em Angra, a unidade foi paralisada durante toda a manhã.
Os trabalhadores da Petrobrás mobilizados nesta quarta-feira (16/11) estão mostrando o caminho para os petroleiros em todo país ao não vacilarem na decisão de deflagrar a greve por tempo indeterminado. Este é um exemplo que deve ser seguido por todas as bases petroleiras. Vamos à luta!