Todos na luta!
A indignação da categoria se traduziu em luta nesta sexta-feira (14), nas bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e da Federação única dos Petroleiros (FUP). Petroleiros do Sistema Petrobrás cruzaram os braços em todo país, aderindo em peso à greve geral convocada pelas centrais sindicais contra a reforma da previdência e os cortes na educação. Somada às pautas que unificam estudantes e trabalhadores, os petroleiros também cruzaram os braços contra a venda das refinarias e a entrega do pré-sal.
Litoral Paulista
Todas as unidades operacionais do Sindipetro-LP, na Baixada Santista, Litoral Norte e plataformas, foram paralisadas com grande adesão de petroleiros diretos e terceirizados, contando com o apoio de ativistas de diversas categorias, movimentos sociais, organizações políticas e estudantes.
Rio de Janeiro
Na Ilha do Governador, no Terminal Aquaviário Baia de Guanabara (TABG), trabalhadores próprios e terceirizados realizaram paralisação e deixaram o terminal nas mãos da equipe de contingência. No Centro de Pesquisas da Petrobrás (CENPES) também ocorreu mobilização em conjunto com os trabalhadores e estudantes da UFRJ. Em Itaboraí-RJ, no Comperj, trabalhadores próprios e terceirizados se juntaram ao movimento. Da mesma forma no Terminal Baia da Ilha Grande (TEBIG), em Angra dos Reis, em Seropedica-RJ, na UTE-BLS, no TEVOL e na Refinaria Duque de Caxias (REDUC).
São José dos Campos
Petroleiros e terceirizados da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos, paralisaram as atividades na Petrobrás, promovendo o corte de rendição no turno à meia-noite. A refinaria conta com mil petroleiros diretos e 900 terceirizados.
Sergipe
Em Aracaju, foi realizado um ato na sede da Petrobrás, na Rua Acre.
Belém
Já na base do PA/AM os petroleiros do Terminal Petroquímico de Miramar, Nicolau Bentes Gomes, situado em Belém, Estado do Pará cruzaram os braços.
Bases da FUP
Segundo a federação, unidades do Sistema Petrobrás em 12 estados do país estão com mobilizações, cortes de turno nas áreas operacionais e grande participação também dos trabalhadores do regime administrativo. Ao todo são 10 as unidades de refino sem trocas de turnos. A participação dos petroleiros na greve geral teve início na madrugada, com os ônibus fretados pela Petrobrás chegando vazios às principais refinarias da empresa.
Os petroleiros também não entraram para trabalhar no turno da zero hora no Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco, na Termelétrica Aureliano Chaves, em Minas Gerais, na SIX (unidade de processamento de xisto, no Paraná) e na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia.
Na Bacia de Campos, a categoria está desde as primeiras horas do dia realizando Operação Padrão nas plataformas, com a execução de todos os procedimentos com o máximo de rigor e critério possível.
Pela manhã, a greve ganhou o reforço dos trabalhadores da Transpetro e das demais unidades do Sistema Petrobrás. A categoria também participará dos atos unificados desta sexta, convocados pelas centrais sindicais, nas principais cidades e capitais do país.